quinta-feira, 19 de março de 2009

"Far Away"

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"Eu quis,

Eu quis que você ficasse

Porque eu precisava,













sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"O amor te escapa entre os dedos e o tempo escorre pelas mãos"

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("Saber Amar" - Herbert Vianna)




"Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada."

(Clarice Lispector)







quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mais uma vez, as palavras e eu


Que vontade de fazer greve!

Greve de comunicação, de entendimento, de tentativas de desculpas infundadas e inúteis, greve de sentimentos (e de sentimentalismos), de idéias, greve de mim. É isso! Queria ser, pelo menos hoje, mais leve do que o ar, e poder observar certas coisas que acontecem, com o distanciamento necessário, para não achar que estou perdendo a sanidade.

Queria poder acompanhar, passo a passo, esse processo mágico que dá poder às palavras, tanto as faladas quanto as escritas, de criar e também de arrasar, em questão de segundos. Logo eu, que gosto tanto delas, que preciso me expressar, quase tanto quanto preciso respirar, não faria isso, hoje. Só analisaria, em silêncio.

Descobri que ele, o silêncio, é a melhor, talvez a única arma contra as palavras destrutivas, pelo menos, no auge da tragédia. Quanto mais palavras se encontram no ar, vindas de lados opostos da questão, mais a ferida se abre, mais sangra, mais dói.

O silêncio também corta, também machuca (eu, fã das palavras, que o diga), mas é preferível, em casos assim.

Lágrimas não falam, ainda bem...por hoje, é só sentir e tentar absorver.

Para quem está em greve, e em guerra com as palavras, eu já falei até demais.



"Dissestes que se tua voz

Tivesse força igual

À imensa dor que sentes

Teu grito acordaria

Não só a tua casa

Mas a vizinhança inteira"


("Há Tempos" - Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá)



sábado, 31 de janeiro de 2009

"Entre partir, ficar... entre o norte e o sul"

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("Cruzando Raios" - Orlando Morais e Tony Costa)






"Amar é um elo

entre o azul

e o amarelo"

(Paulo Leminski)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Por que rotular ?

Você tem cara de que? Que impressão passa para as outras pessoas? Elas te vêem como você realmente é?

Complicado, porque, além da liberdade de idéias, opiniões e impressões, ainda existe o que as pessoas querem ver, na gente. O que elas desejam que sejamos.

Dizer que alguém parece ser assim ou assado, não acho nocivo. É natural que, ao conhecer uma pessoa, comecemos a traçar seu perfil, através da nossa percepção, e das informações que interpretamos, nela. O que me incomoda, é o hábito de sentenciar, que alguns tem, como se fossem os donos da verdade. Isso limita o ser humano, fecha a visão de quem faz, fere o alvo da "análise".

Crenças, como "Mulher bonita é burra", são irritantes. Muito.

Beleza é uma qualidade pertencente a um grupo (de qualidades). Inteligência, pertence a outro. Mas, o mais importante, é que ambas podem estar, e estão, dentro das pessoas, que são únicas, que tem muitas outras características, e que não podem ser reduzidas a esse ou àquele traço.

Acho triste essa visão simplista e egoísta, de mundo. Quem faz isso, costuma tentar usufruir das qualidades que, aos seus olhos, se destacam, nos outros. Tomar o todo, por uma só parte, é desrespeito.

Eu procuro ver as pessoas de forma ampla, completa, geral. É claro que algumas carcterísticas vão estabalecer nossas afinidades, mas é bom saber que há muito mais, já que cada um é um mundo.

Se houvesse uma campanha do tipo "Valorização do indivíduo completo", eu seria adepta, à ela.



sábado, 24 de janeiro de 2009

Bombeiro, astronauta, professor, médico, bailarina...


"A criança que você foi, vê seus sonhos realizados, no adulto que você é?". Fiz essa pergunta em uma comunidade virtual, há alguns meses, e me surpreendi com as respostas. Mesmo algumas pessoas que costumavam responder de forma evasiva e simplista, dissertaram sobre seus sonhos de infância, e sobre sua realidade, de "gente grande".

Falaram, principalmente, sobre a escolha profissional : ter feito a faculdade que os pais queriam que fizesse, estar em uma profissão que não as realiza, e não ter dado vasão ao seu lado, digamos, artístico, foram os ítens que mais se repetiram, dentre as queixas. Mas também falaram em outros sonhos, como casar-se, morar no exterior, ser um "cidadão do mundo".

Lamentos como : "Eu queria ter sido pai/mãe, mas dei mais importância aos estudos e ao trabalho", dividiram espaço, com outros, do tipo : "Engravidei muito cedo, não pude continuar na faculdade, gostaria de ter me formado."

Eu percebi, ao ler tudo isso, que os sonhos que a gente não realiza, passam, de alguma forma, a fazer parte das nossas lembranças de infância, ainda que tenham sido vontades acalantadas na juventude, ou mesmo já na idade adulta. Acho que as coisas que não se faz, vão encontrando espaço nas nossas memórias de criança, talvez porque esse saudosismo, que a gente associa à infância, seja menos pesado, mais fácil de carregar, e até um pouco doce.

Penso que, também, é uma maneira menos cruel, de lembrar do que poderia ter sido, e não foi, quando ficarmos velhos. Mais fácil do que pensar que a vida foi marcada por frustrações constantes, parece ser reportar-se a uma única fase da vida, que, por ser cheia de magia, encanto e inocência, compreende melhor, nossas fraquezas, medos e inseguranças. A junção dos opostos, traz o equilíbrio.

Não sei como será o futuro, mas, por hora, não tenho sonhos frustrados, de menina, para contar. Talvez porque eu saiba provar um pouquinho de cada coisa que sinta vontade, ou talvez porque eu tenha sorte, ou, ainda, talvez, porque eu não tenha sonhado tanto assim...não sei.

Bailarina eu nunca quis ser : coques muito bem arrumados, postura impecável, expressão facial, quase sempre, de "nada"...não, obrigada! Queria mesmo era ser Fada...ah, isso eu queria : correr pela floresta, com os cabelos soltos (muito melhor do que usar gel), poder sentar no chão, nadar no rio, subir em árvore, voar...e mostrar sempre, o que eu sentia, pelos gestos, pelo comportamento, pelas palavras, com naturalidade.

Dessas coisas que citei, só o "voar", fiquei me devendo. De forma literal, é claro, porque descobri, e ainda descubro, algumas boas alternativas.




quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"Mas não me diga isso, não me dê atenção, e obrigado por pensar em mim"



("A Via Láctea" - Renato Russo/Dado Villa-Lobos/Marcelo Bonfá)


"Eu escrevi um poema triste

E belo, apenas da sua tristeza.

Não vem de ti essa tristeza,

Mas das mudanças do tempo,

Que ora nos traz esperanças,

Ora nos dá incerteza…

Nem importa, ao velho tempo,

Que sejas fiel ou infiel…

Eu fico, junto à correnteza,

Olhando as horas tão breves…

E das cartas que me escreves,

Faço barcos de papel"


(Mário Quintana)